segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nossos olhares
Velejam como sete mares
Suas ondas só se encontram
de vez em nunca
Na volta salgada da praia
ou num choro de chuva
Solidão amargando ditadura
morar distante
horas bem curvas
morros berrantes
Cabe tão Brasiliada,vasta estrada,mesmo quando tarda
Só não cabe a saudade
de não te conhecer
Mas incendiar
Com o castanho de tua íris a me cegar
Teu sol escondido em mim caber
Tua lembrança me carcomer
Tenho fome
de descobrir teu nome
e te chamar
ao meu belprazer
Deixar tua pele
me cobrir,
descobrir-te
com meu desgaste do peito
me mantendo de pé.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O tempo
feito incenso
se esvai
Na cabeça
Uma hora e meia
Foi minuto atrás
Segundo se engole só
desafinado sem dó
dormência sem hora para desembestar
pulsa crença itensa
do tempo escorregar