terça-feira, 16 de julho de 2013

Com tua saliva cuspida na cara do chão
Escrevo sem freio teu nome
Com tua cerveja derramada em vão
Escrevo teu telefone (que não responde)
Com teu riso aos montes
Te escrevo uma mentira de refresco
Com teu suor pingado da falha da testa
Na festa de um sol arisco
Te escrevo um livro no vício
Com teu fluído orgástico certeiro
Te escrevo uma nova bíblia
Mais safadisticamente esporradicamente interessante
Com o silêncio escondido
Bandido no cafofo do teu olho
Te escrevo uma vida inteira, meu bem

Nossa deixa
É rima mal feita
Borrada a caneta
Consertada a vai-vem
Fome perneta
Se curar não convém

terça-feira, 19 de março de 2013


Vinho quente
Colírio inconseqüente
Para ler a mente
Como cabelo enroscado
No pente
Se entende
Mesmo em língua diferente

Mas que seja língua tua
Cor de lírio acesa na rua
Garoando crua
Suada no poente
Pulsar de veia demente
Disfarçadamente
Até de repente
Sossegar-leão
Entranhada vertigem
Dormida no chão