Carcarás insones
se alimentam tristonhos
do rubro falecimento do céu
0 Sol se dobra como papel
e a carapaça cálida da noite se solta
embriagando de escuridão
as vistas de empregados, putas e patrões
Sonhos pulsam soltos como os corações
mãos sinalizam rotas para caronar de contramão e coração
pra se perder de paixão
nem que se tenha que pagar
com gotas de sonho
que orvalham os bicos seiudos da madrugada
e as faces anêmicas do amanhecer
que de um porre de insolação enxurram
com ultravioleta a cegueira da lua arredia
Sonhos que surgem de indecisão
Parados no auge da bifurcação
Soltos são os sonhos
criados a fogo
derrapando na beira do ar
com o pé sujo de correr em quintal aberto
Faz com que ao limite não sejamos fiéis
Os feudos que delimitam a imaginação são rompidos!
Terra nova a vista
Se os prendermos
em nosso sótão de tormento
e os alimentarmos com nossas
migalhas furadas
Logo os mataremos
Junto com nossas metades.
Só calos de saudade.
Ola Bachir
ResponderExcluirAdorei suas metáforas são otimas
gostei desta parte em especial
com o pé sujo de correr em quintal aberto
Faz com que ao limite não sejamos fiéis
Os feudos que delimitam a imaginação são rompidos!
Estes são os sonhos!
Até Alan