terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sonhos instantâneos
Carcarás insones
se alimentam tristonhos
do rubro falecimento do céu
0 Sol se dobra como papel
e a carapaça cálida da noite se solta
embriagando de escuridão
as vistas de empregados, putas e patrões
Sonhos pulsam soltos como os corações
mãos sinalizam rotas para caronar de contramão e coração
pra se perder de paixão
nem que se tenha que pagar
com gotas de sonho
que orvalham os bicos seiudos da madrugada
e as faces anêmicas do amanhecer
que de um porre de insolação enxurram
com ultravioleta a cegueira da lua arredia

Sonhos que surgem de indecisão
Parados no auge da bifurcação
Soltos são os sonhos
criados a fogo
derrapando na beira do ar
com o pé sujo de correr em quintal aberto
Faz com que ao limite não sejamos fiéis
Os feudos que delimitam a imaginação são rompidos!
Terra nova a vista
Se os prendermos
em nosso sótão de tormento
e os alimentarmos com nossas
migalhas furadas
Logo os mataremos
Junto com nossas metades.

Só calos de saudade.


Um comentário:

  1. Ola Bachir

    Adorei suas metáforas são otimas

    gostei desta parte em especial

    com o pé sujo de correr em quintal aberto
    Faz com que ao limite não sejamos fiéis
    Os feudos que delimitam a imaginação são rompidos!

    Estes são os sonhos!

    Até Alan

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