domingo, 15 de janeiro de 2012

Minha vizinha tem um jeito amulherado de mel
Seus lábios são macios como as nuvens cheias de céu
Escorregadios como salpicos de chuva
Tua relva calma, te encabeçando de fios negros
e impenetrantes, longo pavio,não te aborreces...
Se encaixa na fluidez de teus quadris
e na melancolia amendoada de teus olhos sutis
Quero agora reconhecer tua loba escondida
e lhe causar tua verdadeira tempestade
me abrigar em tua meia verdade,
Arrancar uma lasca de teu sorriso pouco a vontade
Uivar,te embaralhar até não caber de selvagem
te fantasiar e me atiçar com seu pensamento em pele viva
queimando até a saliva
Viva luz de fogueira
Noite suada,foge ligeira
O breu se cativa
A distância friorenta entre dois apartamentos em Brasília
se converte em alucinação fugidia.

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