terça-feira, 19 de junho de 2012

Garranchar besteiras
letra bonita não enche papel
palavrear cegueiras
para fingir que o tempo passa
de bom grado me arrasta
Mas quando sinto, do bonde já caí
de carona só com as pernas fora da saia
Meu sangue condicionado de cabra macho
espanta os possíveis solidários
Piso no corpo de cimento mole
que é este presente disforme
Só para deixar marcas dessa caminhada
Mas como é esperta essa hora marcada!
Seca nas primeiras passadas
Fico preso, de solidão esfarrapada
Cada tentativa endurece o cárcere
Cimentado em meu díspare horário
Anti-horário rodarei
Do outro lado do mundo
Sou é rei!

3 comentários:

  1. Já caimos do bande faz tempo

    Quando arriscamos um poema
    nem perna de moça há de salvar
    Passos só o nosso mesmo
    eta solidão boa
    de escrita boa
    o garranchear não mata o tempo
    se mata não quero mato-lo
    não faço por mal

    Faço porque sou rei
    não sou amigo dele
    mas peguemos o bonde
    na estação certa é claro

    Até breve

    Alan

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  2. Qual será a estação certa Alam?
    Quando descobrir me conte,antes de cair do bonde
    já que a lei da gravidade é cair a vontade

    Valeu pelos seus comentários sempre acrescentadores!

    Abraço!

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    Respostas
    1. talvez a estação do tempo
      do agora que se faz presente
      Quem há de saber descer do bonde da vida?!
      nós poetas?
      não sei
      e não creio que alguem saiba

      todos caimos como bem disse
      a màe dona do mistério e de todos os desejos
      todos iremos penetrar em seu mundo
      a eterna sina de Édipo

      enquanto isso
      vamos espremendo esta carne
      enquanto ela não cai
      ----------------------
      Gosto de seus poemas
      me fazem querer escrever
      e Poema bom é assim

      Até Alan

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