Garranchar besteiras
letra bonita não enche papel
palavrear cegueiras
para fingir que o tempo passa
de bom grado me arrasta
Mas quando sinto, do bonde já caí
de carona só com as pernas fora da saia
Meu sangue condicionado de cabra macho
espanta os possíveis solidários
Piso no corpo de cimento mole
que é este presente disforme
Só para deixar marcas dessa caminhada
Mas como é esperta essa hora marcada!
Seca nas primeiras passadas
Fico preso, de solidão esfarrapada
Cada tentativa endurece o cárcere
Cimentado em meu díspare horário
Anti-horário rodarei
Do outro lado do mundo
Sou é rei!
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Já caimos do bande faz tempo
ResponderExcluirQuando arriscamos um poema
nem perna de moça há de salvar
Passos só o nosso mesmo
eta solidão boa
de escrita boa
o garranchear não mata o tempo
se mata não quero mato-lo
não faço por mal
Faço porque sou rei
não sou amigo dele
mas peguemos o bonde
na estação certa é claro
Até breve
Alan
Qual será a estação certa Alam?
ResponderExcluirQuando descobrir me conte,antes de cair do bonde
já que a lei da gravidade é cair a vontade
Valeu pelos seus comentários sempre acrescentadores!
Abraço!
talvez a estação do tempo
Excluirdo agora que se faz presente
Quem há de saber descer do bonde da vida?!
nós poetas?
não sei
e não creio que alguem saiba
todos caimos como bem disse
a màe dona do mistério e de todos os desejos
todos iremos penetrar em seu mundo
a eterna sina de Édipo
enquanto isso
vamos espremendo esta carne
enquanto ela não cai
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Gosto de seus poemas
me fazem querer escrever
e Poema bom é assim
Até Alan