sábado, 11 de setembro de 2010

Processo

Desta noite não passa.
Solavancos internos
causam uma estranha euforia
travestida de meus pensamentos,
ecoa como se fosse terapia
Dilúvio de poesia
Afugento-me nesse corpo de mar esquizofrênico,
mas as ondas passeiam,
velejam,solfejam e me balançam de volta ao litoral.
Garoa braba que desnuda os postes
Vento que sobe as saias e resfria quem no bar anda de porre
Sem receio rasgo do peito e transbordo no papel.
A primeira vista,nota-se que as letras nascem borradas,pois a tinta é incerta
assim como seu toque,que arde em minha pele sem pedir licença.
Doce insônia que embriaga minha tristeza de final de noite.
O café que mancha a margem do papel é quente como o sol do libido seguinte,
e negro como a ironia que,não obstante, estará presente no desenrolar de uma tarde febril.

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